Declaração de voto de Sandra Pereira no Parlamento Europeu

Eficácia das sanções da UE contra a Rússia

Sempre criticámos as sanções da UE, enquanto um instrumento de coerção unilateral sobre países soberanos, idealizado e aplicado à margem do Direito Internacional, da Carta das Nações Unidas e dos seus organismos. Um instrumento que serve apenas os interesses geoestratégicos, económicos, políticos e militares da UE, alinhados com a estratégia de hegemonia dos EUA. Um instrumento que, assumindo uma política de ingerência, intervenção e mesmo de agressão, é a expressão de uma política externa agressiva e de pendor neocolonial, com historicamente comprovada falta de efetividade para atingir os objetivos a que se propõem. A resolução é clara em dizer que a eficácia das sanções é limitada, pelo menos contra quem se propõe que sejam eficazes. Porque, na verdade, têm sido muito eficazes em castigar os povos da UE, face ao agravamento que produziram no custo de vida e no tecido produtivo dos seus Estados-Membros, o que não é salientado. A resposta que dá é o alargamento das sanções e das políticas coercivas contra a Rússia e contra todos aqueles que ousarem não se alinharem com os instrumentos e as posições da UE e do imperialismo. O que se exige é a paz, a cooperação, a segurança e o desarmamento, como base para uma urgente solução política do conflito.

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