A situação social de pobreza é hoje inaceitável na União Europeia. Em 2010, cerca de 23, 4% da população - ou seja 115 milhões de pessoas - viviam em risco de pobreza. E mesmo em trabalhadores empregados, o risco de pobreza continua a existir - segundo o próprio Eurostat, este risco está bastante ligado a situações de emprego mal pago, pouco qualificaedo, trabalho precário e trabalho em part-time. As medidas chamadas de consolidação orçamental, aprovadas nesta câmara, agravarão certamente ainda mais esta situação.
Não é, assim, aceitável qualquer proposta da Comissão Europeia que, em momentos tão difíceis, retire às populações e aos trabalhadores a ajuda alimentar que garanta um mínimo de dignidade na sua vida, que garanta o seu direito a não viverem em situação de pobreza alimentar. É evidente, para nós, que se, no mínimo, o financiamento anual de 500 milhões de euros não for mantido - e seria desejável que fosse reforçado - o pretenso espírito de solidariedade da União Europeia fica ainda mais descredibilizado.