e uma vez por todas, a UE e os seus responsáveis terão de perceber que a profunda crise que vivemos não foi importada dos EUA! É uma crise sistémica, do capitalismo, na sua fase actual de desenvolvimento - o neoliberalismo. Assim sendo, na UE, esta é uma crise dos fundamentos da própria UE - que tem no neoliberalismo um dos seus pilares essenciais.
Confrontadas com os resultados desastrosos das suas políticas, as potências que têm determinado, no essencial, o rumo da UE, dão sinais de uma inquietante arrogância e agressividade, procurando impor, particularmente aos trabalhadores e aos povos dos países mais vulneráveis, inadmissíveis retrocessos civilizacionais, por via de um intolerável ataque à sua soberania. É este o significado da declaração conjunta que, em Deauville, antes da reunião do G20 e da reunião do Conselho Europeu, a Alemanha e a França decidiram emitir.
Parecem ignorar que o aprofundamento do caminho que aqui nos trouxe, só nos poderá conduzir à desgraça. É essa a mensagem que por toda a Europa ecoa nas lutas dos trabalhadores e dos povos! É tempo de lhes dar ouvidos!
A verdadeira resposta à crise reside na valorização do trabalho e numa mais justa repartição dos rendimentos (nomeadamente por via fiscal), beneficiando o trabalho em detrimento do capital.