Apesar de conter aspectos com os quais concordamos
- como a necessidade de salvaguardar os direitos fundamentais do povo sarauí e
de uma solução justa e sustentável do conflito no Sara Ocidental, assente no
direito à autodeterminação do povo sarauí, em conformidade com as resoluções
pertinentes do Conselho de Segurança, em especial a Resolução 1495 -, este
relatório, à semelhança de anos anteriores, tem se caracterizado por ser um
exercício de hipocrisia, servindo de arma de pressão e de ingerência política,
onde se salvaguardam os países ditos "amigos" e se criticam os
"outros", aqueles que os EUA e a UE apontam como alvo.
Exercício com o qual não podemos pactuar!
Por isso, e uma vez mais, a maioria do PE rejeita
condenar as graves violações dos direitos humanos cometidas no Iraque, recordar
que a guerra no Iraque é ilegal e contrária ao direito internacional e à Carta
das Nações Unidas, assim como, convidar a ONU a abrir um inquérito aprofundado
sobre a utilização de armas proibidas como o fósforo branco durante a tomada de
Falluja e o recurso a "punições colectivas" contra o povo iraquiano.
Por isso, a maioria do PE não tem uma palavra de
condenação para com o Governo israelita pela ocupação e opressão da Palestina.