Saudámos a falta de acordo entre o Parlamento Europeu e o Conselho para uma mudança da directiva sobre organização e tempo de trabalho, pois o que estava em causa era piorar o que hoje existe, seja no que se refere à jornada média de trabalho, seja quanto ao tempo de permanência. De facto, o que a Comissão Europeia e o Conselho pretendiam era abrir caminho a uma maior desvalorização do trabalho, a um ataque ao direito de negociação dos Sindicatos e à contratação colectiva, admitindo simples disposições administrativas para regular a organização, o tempo de trabalho e o seu pagamento, pondo em causa o tempo de permanência e o direito às pausas, num retrocesso de 100 anos nos direitos laborais.
Assim, mantém-se em vigor a obrigatoriedade do pagamento integral do tempo de permanência, incluindo pausas, seja nos serviços de saúde e de urgência, seja nos bombeiros ou qualquer outro sector de actividade, de acordo com a jurisdição importante.
Iremos continuar a dar voz à luta dos trabalhadores contra o famigerado "opt-out" e pela valorização do trabalho, na defesa da diminuição da jornada de trabalho sem perda de remuneração, como condição importante, em tempo de recessão, para a criação de emprego e redução do desemprego, na promoção da saúde e segurança dos trabalhadores e na conciliação entre trabalho e vida familiar.
Queremos uma verdadeira Europa social, que não fique esquecida após as eleições para o Parlamento Europeu.