Intervenção de Inês Zuber no Parlamento Europeu

Dimensão Social da UEM

Em 2 de Maio de 1998 foi aprovada a lista de 11 países fundadores da zona euro – afirmou-se que o euro traria taxas de crescimento elevadas.
Mas entre 2000 e 2009 os desequilíbrios macroeconómicos agravam-se, com países com com balanças comerciais muito diferentes, e a criação de países devedores e países credores.
Por detrás do dito objectivo de estabilidade dos preços está o objectivo de reduzir os custos unitários do trabalho. Sem soberania monetária e cambial, os únicos factores de ajustamento recaíram sobre a desvalorização dos salários e o aumento do desemprego. Criaram-se países periféricos, consumidores, com mão-de-obra barata. Entre 2001 e 2010, na zona Euro, os lucros líquidos cresceram 7 vezes mais do que os salários reais. O mecanismo do Pacto de Estabilidade associado ao euro e seus predecessores como o Semestre Europeu, criaram constrangimentos absolutos a qualquer possibilidade de desenvolvimento endógeno.
Sr. Comissário, apenas tenho duas questões:
- A quem serve a UEM?
- A UEM compatibiliza-se com o social?

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