Nos últimos anos, agravou-se, em Portugal, a situação dos vitivinicultores e das adegas cooperativas, com enormes dificuldades de escoamento da produção de vinho. As dificuldades de comercialização do vinho, a preços minimamente justos para os produtores, estão a agravar-se com as enormes importações de vinho, de diversos países, sobretudo desde 2001, o que está a atrasar os pagamentos aos agricultores em dois ou mais anos.

Ora, nalguns casos, essas importações fazem-se de vinhos a granel e sem qualquer classificação VQPRD.

Assim, solicito à Comissão Europeia o seguinte:

1. É do vosso conhecimento esta grave situação em Portugal? Que medidas pensa tomar para apoiar os vitivinicultores portugueses?
2. Está disponível para autorizar e financiar uma destilação extraordinária de vinho (verde e maduro), com preços apoiados, para sanear o mercado?
3. Que ajudas podem ser consideradas para apoiar o saneamento financeiro das Adegas Cooperativas e criar um fundo para crédito de campanha, de forma a garantir o seu financiamento e rápido desbloqueamento dos pagamentos em atraso aos vitivinicultores?
4. Que medidas pensa tomar para melhorar a qualidade do vinho, impedindo as misturas, designadamente de vinhos importados de países terceiros, e a importação de vinhos a granel, para que não sejam engarrafados e classificados como VQPRD?

Resposta