Entre os diversificados e importantes aspectos que se poderiam sublinhar a propósito da presente resolução, será de destacar a profunda hipocrisia daqueles que agora reiteram o seu pleno apoio à soberania e integridade territorial de um Estado, quando foram os mesmos que protagonizaram e apoiaram a ilegal e ilegítima "operação" dos EUA/NATO/UE contra a Jugoslávia - que se pautou pela ingerência, a desestabilização, a agressão e ocupação militar, culminando com a declaração unilateral independência da província sérvia do Kosovo, desrespeitadora do direito internacional.
Aliás, mais uma vez, o que se evidencia é uma clara postura, - que rejeitamos -de ingerência e de reforço da presença, incluindo militar, da UE/NATO/EUA nesta região, que tem uma crescente importância geoestratégica.
Vejam-se as conclusões da recente Cimeira da NATO, em Bucareste, onde se assumiu um compromisso político quanto à adesão da Geórgia a esta aliança militar ofensiva. Vejam-se os apelos a um "maior envolvimento europeu", e ao "incremento da presença internacional na região de conflito, mediante o envio de uma missão fronteiriça PESD" (isto é, da UE, que integra 21 países membros da NATO e cuja PESD é o pilar europeu da NATO). Vejam-se as iniciativas para a concretização de um "acordo de livre comércio de vasto alcance" entre a UE e a Geórgia.