Pergunta ao Governo N.º 1093/XII/1

Despedimento sem compensação de psicólogos em contexto escolar

Despedimento sem compensação de psicólogos em contexto escolar

O PCP tem vindo a denunciar, a exigir respostas, e a apresentar alternativas para a situação
dos psicólogos em contexto escolar. O concurso para a colocação destes profissionais não
acontece desde 1997. Na anterior legislatura, a extinção dos Serviços de Psicologia e
Orientação que não estejam situados em Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP)
e /ou façam parte do grupo de escolas com autonomia especial Originaram uma situação
gravíssima e inadmissível para a qualidade da Escola Pública e para a sobrevivência económica
e financeira de muitos psicólogos escolares.
A 13 de Setembro, a poucos dias do inicio do ano lectivo, mais de 300 escolas abrem portas
sem os serviços de psicologia e orientação terem qualquer profissional. Estes profissionais
viveram mais uma vez momentos de incerteza e instabilidade sem saber quando e se serão
colocados nas escolas.
A 28 de Outubro ainda nenhum psicólogo foi contratado.
Os psicólogos contratados em contexto escolar no ano lectivo passado, viram indeferido o seu
pedido de compensação por caducidade de contrato, verificando-se assim uma situação de
incumprimento da lei. Em face da cessação dos contratos de trabalho por caducidade, os
psicólogos têm direito a uma compensação prevista no artigo 252.º e 253.º da Lei n.º 59/2008 de
11 de Setembro, por se tratar de contratos de trabalho em funções públicas.
Para o PCP trata-se de uma situação inaceitável que urge corrigir.
Ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito ao Governo que, por
intermédio do Ministério da Educação e Ciência, me sejam prestados os seguintes
esclarecimentos:
1. Quantos psicólogos contratados estão a ser sujeitos a este mecanismo de despedimento?
2. Que medidas tomará o Governo para assegurar o pagamento das compensações por
caducidade do contrato, nos casos em que determina a cessação do contrato
unilateralmente?
Qual a opinião do Governo sobre a ruptura unilateral de contratos antes do término previsto,
no caso dos psicólogos?

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