A produção de vinho de qualidade na Palestina assenta em tradições ancestrais. Hoje, os constrangimentos políticos obrigam à importação de uvas produzidas em países estrangeiros para abastecer as adegas locais.
Dados oficiais da Autoridade Palestiniana afirmam existir cerca de 8.000 hectares de terras destinadas à produção de uva. Estão contabilizados cerca de 1,4 milhão de pés de vinha na Cisjordânia e Faixa de Gaza com uma produção de 80 toneladas de uvas por ano.
Este é um setor muito importante para o Estado Palestino que luta ainda contra a ocupação Israelita do seu território e procura garantir a sua sobrevivência económica. Fruto desta ocupação os produtores vinícolas enfrentam um preço da água elevadíssimo imposto por Israel que ocupa ilegalmente os principais reservatórios. O confisco de terras com destruição das vinhas representa outro entrave. A situação de país ocupado constrange igualmente as relações comerciais com países terceiros.
Perante este quadro, e sendo a UE um dos principais doadores da Autoridade Palestiniana, pergunto à Comissão Europeia o que pensa desta situação e se está disposta a intervir junto de Israel para por cobro a esta situação.