Nota do Gabinete de Imprensa do PCP

Desemprego a nível muito elevado atinge em Fevereiro os 14,1%

Desemprego a nível muito elevado atinge em Fevereiro os 14,1%

O INE divulgou hoje as primeiras estimativas sobre o emprego e o desemprego, corrigido de sazonalidade, no passado mês de Fevereiro.

De acordo com estas primeiras estimativas a população desempregada neste mês de Fevereiro atingiu as 719 600 pessoas, o que corresponde a uma taxa de desemprego corrigida de sazonalidade de 14,1%, (mais 0,3 pontos percentuais do que no mês anterior), enquanto a população empregada foi de 4 399,9 mil pessoas (menos 11,1 mil pessoas do que no mês anterior).

A leitura destes dados que têm vindo a ser divulgados pelo INE desde Setembro passado, referentes à evolução do emprego e do desemprego mensal, corrigido de sazonalidade, confirma que o desemprego, tem um nível elevadíssimo em Portugal, e que desde o passado mês de Setembro tem vindo a crescer de mês para mês. A taxa de desemprego que era neste mês de Setembro de 13,3%, cresceu e atinge agora na sua primeira estimativa para Fevereiro os 14,1%. Desde Setembro foram empurrados para o desemprego mais 36 000 trabalhadores. Por outro lado, desde essa mesma altura foram destruídos 56 700 empregos.

O desemprego em Portugal apesar do elevadíssimo nível já atingido, que no caso dos jovens é de cerca de 35%, voltou, nos últimos meses, a crescer, pesem embora todas as mistificações a que este Governo tem recorrido, nomeadamente através das centenas de milhares de cursos de formação, estágios e contratos de emprego e inserção, que mais não são do que medidas de emprego que visam esconder a taxa de desemprego real. Terminado o estágio, o curso de formação e o contrato de emprego e inserção o trabalhador volta a cair no desemprego já que a economia nacional, continuando a não crescer de forma sustentada, não cria empregos e não absorve todos os milhares e milhares de trabalhadores que estão hoje no desemprego e procuram emprego.

No interesse dos trabalhadores e do povo português, torna-se cada vez mais urgente a necessidade de ruptura com este caminho de desastre a que a política de direita prosseguida por este Governo e pelos que o antecederam conduziram o nosso País.

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