Também no Parlamento Europeu os deputados do PCP fizeram ouvir a sua
voz contra o que se passou na fronteira espanhola por ocasião do Conselho
Europeu. Considerando de extraordinária gravidade, o facto da delegação
do PCP, assim como de outras participações de portugueses, terem
sido impedidas de atravessar a fronteira para exercer o legitimo direito de
manifestação. Acresce a esta grave violação de direitos,
o inaceitável comportamento das polícias espanholas, usando de
violência e confiscando material fotográfico e audiovisual, numa
tentativa de eliminação de provas do seu injustificável
comportamento.
Pelo que, a deputada do PCP ao PE, Ilda Figueiredo, apresentou uma pergunta
escrita de carácter prioritário à Comissão e ao
Conselho com o objectivo de apurar o que se passou durante a recente Cimeira
de Sevilha. Endereçou também uma carta ao Presidente do PE, Pat
Cox, solicitando a sua intervenção para o esclarecimento das causas
e das responsabilidades de actos tão reprováveis, visando garantir
que tais práticas não se repitam no futuro. E interveio no debate
realizado em Estrasburgo, questionando se a livre circulação de
pessoas e o direito à manifestação e reunião vão
ser postas em causa sempre que se realizem Cimeiras Europeias, o que, a ser
verdade, seria um grave atentado à democracia e uma limitação
inadmissível ao direito de protesto e de indignação.