A deputada do PCP no Parlamento Europeu, Inês Zuber, indignada com a tentativa de reescrição da História e de branqueamento do fascismo na Europa, patente no conteúdo da proposta de relatório da Comissão da Cultura e Educação sobre "A memória Histórica na cultura e na educação da UE", apresentou hoje, em conjunto com outros deputados do Grupo da Esquerda Unitária - Esquerda Verde Nórdica, uma opinião minoritária a ser anexa ao documento em causa. Afirmou a deputada que "é inaceitável a operação de alteração da verdade histórica, banalizando o nazismo e branqueando o papel e natureza politica e ideológica deste regime". A deputada considera que este documento, que equipara o fascismo ao comunismo, é um insulto aos mais de 20 milhões de cidadãos soviéticos que morreram para libertar a Europa do nazi-fascismo e às gerações de comunistas que deram a vida e lutaram contra os diversos regimes fascistas no sul da Europa para que os seus povos conquistassem a liberdade.
O relatório corporiza uma visão truncada da história, em contradição com a história dos povos da Europa e defende o financiamento pela UE de "falsos estudos científicos em que as conclusões históricas a retirar estão previamente definidas". É uma tentativa de criminalizar os movimentos e partidos comunistas que existem hoje e cujo projecto, de profunda crítica e rejeição do projecto de integração capitalista na Europa, tem um potencial de atracção cada vez maior.
Bruxelas, 17 de Dezembro de 201