O Conselho de Justiça e Assuntos Internos, de 6 de Dezembro, adoptou uma declaração sobre "a luta contra o antissemitismo" que, no Ponto 2, apela aos Estados-Membros para adoptarem a "definição da IHRA". Uma definição inaceitável, na medida em que procura escandalosamente equiparar a crítica à política do Estado de Israel com o antissemitismo.
Esta definição é contestada inclusivé por 40 organizações judaicas que denunciam o propósito de confundir deliberadamente a crítica legítima ao Estado de Israel e a defesa dos direitos do povo Palestiniano, com o antissemitismo. A luta contra o antissemitismo não pode ser instrumentalizada para outros fins.
O Estado de Israel é um sistemático violador de Resoluções da ONU e do Tribunal Internacional de Justiça, nomeadamente quanto à ilegal construção de colonatos em territórios ocupados e do Muro do Apartheid. Israel é responsável por agressões a países no Médio Oriente. Ocupa ilegalmente territórios palestinianos e oprime e expulsa o povo palestiniano da sua terra.
Pergunto ao Conselho se a UE pretende equiparar antisemitismo com a justa condenação e denúncia da política do Estado de Israel e a legítima defesa dos inalienáveis direitos do povo palestiniano, incluindo o direito de resistir à ocupação, direito reconhecido pelas Nações Unidas.