Foi possível confirmar, através de informações dos próprios serviços
do Parlamento Europeu, que a interpretação em língua portuguesa não
será assegurada, mais uma vez, na 9ª Assembleia Parlamentar Paritária
ACP-UE, a realizar no Mali, de 16 a 21 de Abril.

Por considerar
a posição da União Europeia inaceitável, o deputado do PCP ao
Parlamento Europeu (PE), Pedro Guerreiro, enviou uma carta dirigida ao
Presidente do PE, Sr. Josep Borrell, demonstrando o total desacordo com
esta situação e solicitando o seu empenho para a resolução deste grave
problema.

Os deputados do PCP rejeitam o argumento apresentado
de que a utilização de uma língua é condicionada pela presença de pelo
menos cinco deputados do PE. Trata-se de um critério político
duplamente discriminatório, uma vez que favorece a utilização das
línguas utilizadas pelos deputados dos países mais numerosos da União
Europeia, caso do alemão, francês, inglês, italiano e espanhol, em
detrimento da participação parlamentar ACP, onde representantes de seis
países falam português - Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique,
São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

O PCP continuará a sua luta na defesa da língua portuguesa!