Amigos e companheiros,
As primeiras palavras para, em nome da Direção Nacional do PEV, vos saudar a todos. Todos vós, que como membros do PCP, membros da ID, dão, aqui no distrito de Lisboa, com o vosso contributo individual, corpo e sentido a este grande espaço colectivo, a esta grande força politica que é a Coligação Democrática Unitária.
Saúdo ainda os muitos independentes que connosco convergem nesta batalha eleitoral com o propósito de servir as populações e defender os interesses do País.
Tem sido este o trabalho dos eleitos da CDU e assim vai continuar a ser, defender os interesses de quem trabalha, lutar por um desenvolvimento sustentável e pela justiça social no nosso país.
Tem sido este o nosso trabalho e é este o nosso compromisso com os eleitores: continuar a lutar incansavelmente por um País soberano, solidário e onde os sacrifícios colectivos não continuem a ser para benefício de uns poucos, os do costume, os senhores do dinheiro.
Se é verdade que somos tantos a não ter quase nada, e cada vez menos, porque há uns poucos que têm quase tudo e cada vez mais, também é verdade que não tem de ser sempre assim e nós acreditamos nisso, acreditamos que não tem de ser sempre assim.
Nós não estamos condenados a levar com estas políticas toda a vida.
O País tem problemas, mas os problemas têm soluções. Problemas que não tenham solução, não são problemas, são fatalidades. E para a CDU, em matéria politica não há fatalidades.
A CDU tem soluções para o País. A CDU tem propostas e soluções, que certamente não agradam aos poucos que têm sido os privilegiados das opções dos Governos PS, PSD e CDS., mas que respondem às necessidades do País e que vão ao encontro das preocupações, dos direitos e das aspirações da generalidade das pessoas, das pessoas que trabalham e das que procuram trabalho, dos reformados e pensionistas e dos jovens que se vêem obrigados a procurar trabalho no estrangeiro, porque o Governo do seu país não consegue garantir-lhes trabalho, não os deixa trabalhar e viver no seu país.
A CDU é portadora de propostas alternativas ao empobrecimento, a este modelo onde as pessoas se limitam a trabalhar para os bancos e onde os mercados é que reinam.
Caros amigos, sejamos claros e sejamos honestos. Nós estamos no limite e a prova mais evidente é perceber que hoje em Portugal se empobrece a trabalhar. Hoje, os Portugueses trabalham mais horas por semana e mais dias por ano, ganham menos e pagam mais impostos e quando precisam do Estado, o Estado não está presente, porque este Governo PSD-CDS passou 4 anos a encerrar serviços e a procurar desresponsabilizar o Estado das suas Funções Sociais.
O País precisa de procurar outro caminho, mas por mais voltas que se queiram dar, esse caminho passa forçosamente pelo reforço da CDU nas próximas eleições legislativas.
Sabemos que não é fácil, é preciso muito trabalho e um intenso envolvimento de todos os apoiantes e amigos da CDU, não só na divulgação das nossas propostas, das propostas da CDU, mas também num esforço para lembrar que a situação que o País atravessa e a situação que os Portugueses vivem, tem responsáveis, e esses responsáveis, PS, PSD e CDS, vão andar por aí em campanha como se não tivessem nada a ver com a situação criada.
Vão andar por aí a prometer o que nos andam a prometer há 39 anos.
O CDS vai voltar a ser o Partido do contribuinte, da lavoura e dos reformados.
O PSD vai voltar a garantir que não aumenta impostos e que os subsídios são intocáveis. Vai dizer que é necessário combater a pobreza que andou 4 anos a semear.
E o PS vai voltar a dizer que agora sim, agora é um partido de esquerda, mas sem dizer que no essencial continua a alinhar com o discurso da direita, não são no que diz respeito à renegociação da divida, mas também na submissão ao Tratado Orçamental.
O PS vai dizer que é contra a taxa do IVA na restauração nos 23%, mas não diz que se absteve quando a direita apresentou a proposta.
Vai dizer que é contra as 49 horas de trabalho semanal para a administração pública, mas não diz que ainda recentemente rejeitou na AR uma proposta para repor o horário de trabalho nas 35 horas.
Vai dizer que as taxas moderadoras são uma injustiça, mas não diz que votou contra a proposta para abolir as taxas moderadoras.
Vai dizer que é contra a privatização dos CTT, mas não diz que tinha a privatização dos CTT prevista no seu PEC 4.
Vai dizer que é contra a privatização da TAP, mas não diz que a tentou vender à Swissair quando foi Governo.
E por fim, ainda temos os comentadores de serviço que vão multiplicar os esforços para fazer crer que não há mais mundo para além dos do costume.
É por isso que todos nós, apoiantes da CDU, nos devemos envolver e lembrar que ao longo destes 39 anos, PS, PSD e CDS colocaram Portugal na frente ao nível do desemprego, da precariedade, da pobreza, da emigração, do nível de impostos sobre quem trabalha, do encerramento de serviços públicos, da delapidação do nosso património colectivo através da privatização de importantes empresas que eram de todos e que agora são apenas de alguns, os do costume.
Mas também colocaram Portugal na frente ao novel da divida.
Portugal tem hoje uma das maiores dívidas públicas do mundo em percentagem do PIB.
Mas é também preciso lembrar que o PSD e o CDS passaram 4 anos a mentir aos portugueses.
Primeiro prometeram não aumentar impostos e garantiam que os subsídios eram intocáveis. Afinal aumentaram os impostos e levaram os subsídios.
Depois diziam que os cortes e a brutal carga fiscal imposta a quem trabalha, tinham natureza provisória, quando a troika fosse embora, voltaria tudo ao normal. Mas a troika foi embora e afinal ficaram os cortes e os impostos.
A seguir ouvimo-los dizer que não havia dinheiro para repor os salários e as reformas, mas afinal havia dinheiro para conceder um perdão fiscal ao Novo Banco no valor de milhões e milhões de euros.
Não havia dinheiro para os apoios sociais, mas o dinheiro apareceu sempre que a banca precisou. Para a banca o dinheiro apareceu sempre e sempre que foi preciso.
Diziam ao mundo que não havia folga para atenuar a brutal carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho, mas arranjaram folga para baixar os impostos das grandes empresas. E não foi uma, mas duas vezes. Primeiro baixaram a taxa de IRC de 25% para 23%, aliás com o apoio do PS e depois de 23% para 21%.
E face a tanta mentira capaz até de fazer inveja ao Pinóquio é necessário lembrar que há alternativas à mentira. Que é necessário construir a alternativa às politicas de direita que tem vindo a destruir o país e a empobrecer os portugueses.
Uma alternativa completamente descomprometida com os interesses dos grandes grupos económicos e financeiros, que coloque como prioridade a resolução dos problemas que atingem o país e os portugueses e que enfrente, com coragem as limitações e os condicionalismos impostos pela UE, pelo Tratado Orçamental e pelos senhores do dinheiro.
Essa alternativa exige uma força que assuma a palavra dada e que respeite os compromissos assumidos com as populações.
E nós podemos dar as voltas que se quiserem dar, mas iremos chegaremos sempre ao mesmo resultado, a construção dessa alternativa só é possível com o reforço da Coligação Democrática Unitária nas eleições legislativas que aí vêm.
O reforço da CDU é a única forma possível para concretizar as transformações necessárias com vista à construção de um futuro mais justo, livre e ambientalmente equilibrado, em sintonia com os valores de Abril, que é imperioso fazer renascer.
Viva A CDU.