Vários Estados-Membro da União Europeia estão a tomar medidas para combater o surto de COVID-19 que incluem encerramento de escolas, museus, auditórios, centros de convívio, organizações de índole social, ginásios, piscinas, pavilhões, estádios; restrição de movimentos, nomeadamente com o cancelamento de milhares de voos; e encerramento de fronteiras.
Itália decretou quarentena obrigatória em todo o País. Contudo, e até ao momento, a NATO e, por arrasto, a UE decidiram manter o essencial das manobras militares Defender Europe 2020. Itália acolheu manobras de guerra electrónica e foi o cenário de exercícios com submarinos envolvendo militares de dez países.
Os EUA, que proibiram a entrada de cidadãos oriundos da Europa no seu território, fazem deslocar para a Europa milhares de soldados, meios e materiais, exigindo a abertura de fronteiras para as operações militares e transporte de mercadorias perigosas.
Face ao exposto, pergunto:
Como justifica o não cancelamento destas manobras, sobretudo num momento em que o cumprimento de medidas sanitárias e de restrição de movimentos é essencial?
Tomou a Comissão alguma medida no sentido de cancelar estas manobras e, em caso afirmativo, qual a resposta da NATO?
Qual o montante do orçamento destinado a estas operações e será possível direccioná-lo para o apoio ao combate ao COVID-19 nos Estados Membros?