No Verão passado, viveu-se o caos nos aeroportos. Os problemas continuam por resolver e às portas de mais uma época festiva, milhares de passageiros voltam a ser afectados e os trabalhadores sobrecarregados.
A opção de despedir cerca de 7 milhões de trabalhadores, durante a pandemia, comprometeu a capacidade de resposta face ao aumento da operação. A Comissão, co-responsável por anos de liberalização do sector da aviação, condição que está inevitavelmente relacionada com esta situação, lava as mãos como Pilatos. Primeiro liberalizaram. Agora fazem-se espantados perante a evidência da situação que criaram. Esperavam milagres?
A mesma Comissão, em nome de dita concorrência, molda planos de reestruturação de companhias de bandeira, como a TAP, em benefício de alguns operadores. A distorção do mercado se em favor das low costs e dos colossos europeus da aviação já não é um problema. Agora falam em segurança, como a senhora comissária aqui mencionou, mas abrem caminho para a operação só com um piloto, pondo em causa a segurança na aviação civil.
Ganha o capital, perde o sector público e a soberania dos Estados. Reverter o processo liberalizador do sector aéreo é por tudo isto cada vez mais necessário!