A financeirização do ambiente tem tido várias expressões:
A aposta em perversos mecanismos de mercado, nomeadamente o comércio de licenças de emissões.
Uma dita ‘fiscalidade verde’ que transfere o ónus da degradação ambiental do modo de produção capitalista para os trabalhadores.
A transformação de bancos de desenvolvimento em ‘bancos verdes’.
A propaganda em torno de ‘produtos financeiros’ para a aplicação de poupanças.
As ditas ‘obrigações verdes’, sem trazer particular inovação, não deixam de se inserir nesta linha.
Sra. Comissária, ao contrário do que diz, não são as pessoas que têm razões para celebrar. Já o capital financeiro certamente.
Porque a política ambiental da UE, assenta e muito, na criação de mecanismos especulativos desenhados na lógica da sacrossanta autorregulação dos mercados, ao serviço dos lucros grupos económicos que têm maiores responsabilidades na degradação ambiental, e cujo resultado tem tido efeitos nefastos do ponto de vista económico e social.
A defesa da Natureza e do ambiente exige outras políticas.
Da defesa da produção local à promoção do transporte público.
Da abordagem normativa à redução de emissões à promoção de alternativas energéticas de domínio público.
A defesa da Paz e cooperação entre os povos!