Intervenção de

Declarações do Conselho e da Comissão sobre a preparação do Conselho Europeu, em<br />Intervenção de Pedro Guerreiro

O Quadro financeiro para 2007-2013 é o "prato forte" do Conselho Europeu. Mas não é o único na "ementa": a liberalização dos serviços e a dita "luta contra o terrorismo" também lá estão. Após a Presidência britânica ter protagonizado os interesses dos países economicamente mais desenvolvidos da UE, ao apresentar uma proposta que procura baixar de novo a fasquia e ultrapassar contradições entre estes, aumentou a pressão quanto à necessidade de um acordo o mais rapidamente possível. A UNICE (grande patronato na Europa) vem dizer que se entendam. Ao mesmo tempo que alerta para o perigo de se perder a "credibilidade" da UE, apresenta o seu caderno de encargos: um acordo sobre as Perspectivas financeiras, reafirmando que este "deve ser um instrumento ao serviço da Estratégia de Lisboa"; o pronto estabelecimento do mercado interno de serviços (aliás é eloquente que para justificar a liberalização dos serviços, a UNICE argumente de que se trata de um "elemento essencial da Estratégia de Lisboa", de um "requisito dos Tratados", suportado pelas decisões do Tribunal Europeu de Justiça - depois venham "vender" que a dita "constituição europeia" não nem nada a ver com isto...); e a liberalização do comércio internacional no quadro da OMC. Ou seja, a UE sem máscara!

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