A situação do Médio Oriente acompanha-nos há décadas.
Temos afirmado, por várias formas, solidariedade para com o povo da Palestina, assim como solidários estamos com os cidadãos e grupos que, em Israel, lutam pela Paz naquela região do Mundo. Uma iniciativa comum para a paz na grande região do Médio Oriente, como se titula a declaração do Conselho e da Comissão, mereceria todo o nosso apoio... se fosse uma iniciativa comum e para a paz.
Não se pode é aceitar que títulos, ou capas, encubram simetrias ou até leituras perversas de acontecimentos e factos.
Não pode o terrorismo justificar-se com o ataque ao terrorismo, não se pode branquear terrorismo ao tratá-lo eufemisticamente por "execuções extrajudiciais", ou outras designações igualmente ricas em imaginação linguística.
Não contribuiu para a Paz no Médio Oriente, bem ao contrário, o assassinato do lider do Hamas, independentemente do juízo sobre esta organização; não contribui para a Paz no Médio Oriente, bem pelo contrário, a não responsabilização do governo fascizante de Ariel Sharon pela escalada de violência e terror.
O Parlamento e a UE devem tomar posições claras e inequívocas de condenação do terrorismo, mas elas só têm credibilidade quando condenam a política terrorista do governo de Israel e motivam iniciativas políticas e diplomáticas como o seriam a suspensão do acordo de associação com Israel.