Intervenção de

Declaração sobre o petróleo<br />Intervenção de Ilda Figueiredo

A evolução recente do preço do petróleo colocou na ordem do dia o problema do pico petrolífero, face aos fortes impactos negativos sobre o crescimento económico e o emprego, num momento em que a economia da União Europeia está quase estagnada. Como referia recentemente o escritor e Prof. Michael T. Klare, a era do petróleo fácil terminou. Este ocaso da era do petróleo está a caracterizar-se, cada vez mais, por uma crescente politilização da política do petróleo e pelo constante uso da força militar para ganhar o controlo dos fornecimentos disponíveis. Exemplos não faltam, de que a guerra no Iraque é um dos mais visíveis. Consideramos fundamental que a questão da avaliação dos recursos e do esforço de prospecção e desenvolvimento de hidrocarbonetos, a nível europeu e mundial, seja objecto de aprofundado debate e seria sensato convocar uma conferência no quadro da ONU, para uma abordagem mundial da redução global do seu consumo. É necessário prever o futuro e apostar na investigação, nomeadamente para reduzir a intensidade do petróleo ao nível do PIB, tal como se deve apostar noutras fontes energéticas e numa maior eficiência na utilização da energia que, em vários países, designadamente Portugal, é um dos graves problemas estruturais. As próximas perspectivas financeiras deveriam dar particular importância a esta questão, apostando também nas energias renováveis.

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