A gravidade da situação no Médio Oriente é de tal forma que implica medidas urgentes e a mais vasta solidariedade para exigir que se ponha fim à continuada incursão ilegal do exército israelita nos territórios sob o controlo da Autoridade Nacional Palestina, à detenção virtual do Presidente Yasser Arafat, à execução ilegal de representantes palestinos, à violação dos mais elementares direitos das pessoas, incluindo a tortura e morte de crianças, e à destruição das infra-estruturas palestinas e de outras instalações financiadas pela União Europeia e por outros doadores.
É urgente que a comunidade internacional adopte novas iniciativas que levem a pôr termo à violência, a restabelecer a confiança e a reiniciar as negociações entre as duas partes, de acordo com o direito internacional e as resoluções relevantes das Nações Unidas.
Daí a minha subscrição de uma Resolução Comum que, embora mitigada, pudesse testemunhar a preocupação do Parlamento Europeu com esta situação, repudiar as declarações e actuações de Ariel Sharon, reafirmar que a solução do problema, incluindo a segurança de Israel, e a paz passam pelo reconhecimento do Estado da Palestina com condições de viabilidade.
Lamento, no entanto, que a maioria de direita tenha recusado manifestar a sua solidariedade com os reservistas do exército israelita que se recusam a prestar serviços nos territórios ocupados, e que a história vai demonstrar que têm toda a razão, embora considere positiva a decisão de enviar uma delegação parlamentar de muito alto nível à região para se encontrar com as autoridades israelitas e palestinas e transmitir uma mensagem de paz às respectivas populações, bem como a insistência do Parlamento Europeu na necessidade de enviar urgentemente observadores internacionais para a região. Espero que, pelo menos, esta resolução mitigada do Parlamento Europeu seja imediatamente aplicada.