A importância do património florestal na União Europeia justifica por si só uma acção que vise a sua conservação, como forma de responder às preocupações económicas, ecológicas e sociais, nomeadamente no que contribui para o emprego na agricultura e nas zonas rurais. Por outro lado, as florestas desempenham um papel essencial na preservação dos equilíbrios ecológicos fundamentais, nomeadamente no que se refere ao solo, à água, ao clima, à fauna e à flora.A poluição e os incêndios florestais são os dois principais flagelos que afectam o nosso património florestal. Ao nível do sul, os incêndios florestais reduzem a cinzas milhares de hectares de floresta todos os anos, nomeadamente em Portugal. A necessidade de reforçar meios de combate em zonas de alto risco é imperativa, assim como a prevenção. É de salientar que a destruição da floresta, por via dos incêndios, está ligada ao progressivo abandono da actividade agrícola e à desertificação do nosso mundo rural, devendo-se salientar o papel importante na prevenção desempenhado pelas populações rurais, sobretudo aqueles que se dedicam à pastorícia e à silvicultura. Por isso, é importante que esta acção, que começou em 1992 e cujos recursos financeiros têm sido executados com sucesso, continue após 2001. Tendo em conta que metade da floresta europeia está classificada como zona de risco de incêndio torna-se necessário reforçar também os meios financeiros. A posição comum do Conselho aponta para 15 milhões de euros por ano até 2001 o que é manifestamente pouco. Mais uma vez, também esta área é afectada pelo síndroma da poupança orçamental, evidenciando as pressões dos países do norte para reduzir ou mesmo acabar com este financiamento.