As forças dominantes do PE continuam a sua
"cruzada de cegos", repetindo, até a exaustão, a defesa (da
incorrectamente designada) "constituição europeia", que reforçaria o
federalismo, o neoliberalismo e o militarismo da UE.
Estas forças, e os interesses que representam -
não por acaso, o Presidente da confederação do grande patronato na Europa (UNICE)
deslocou-se ao PE para reafirmar, a alguns deputados, o seu apoio à dita
"constituição" -, continuam a insistir, contra todas as evidências,
que o problema é de forma e não de conteúdo. Ou seja, que o problema é de
"comunicação" e de "percepção" e não um problema político e
de políticas da UE. Fechando, assim, os olhos à realidade.
É elucidativa, quanto aos seus reais objectivos, a
resolução que propõem para ser votada na próxima sessão plenária do PE: desrespeitando
a vontade, soberanamente expressa, pelos povos francês e holandês (e de outros
que, evitaram que se exprimissem no mesmo sentido), as forças dominantes no PE
pregam a imposição de um acordo constitucional e o seu apoio à
"constituição europeia", rejeitando alterações, fazendo prosseguir as
ratificações, nomeadamente nos países que rejeitaram o Tratado - disponibilizando-se
financiamento comunitário -, até às eleições para o PE, em Junho de 2009.
Numa palavra: inaceitável.