Se dúvidas houvesse, a realidade aí está a demonstrar que esta Cimeira foi mais uma oportunidade perdida para encontrar as respostas, tornar as decisões que se impunham face à crise do capitalismo que se aprofunda e generaliza.
As decisões do último Conselho Europeu demonstram que depois de cerca de três anos de crise, se sucedem as Cimeiras sem uma resposta clara e sem as rupturas e mudanças de políticas que se impunham para aumentar o emprego e diminuir as desigualdades sociais e a e a pobreza.
Pelo contrário, o que propõem vai agravar toda a situação porque, através de um autentico golpe constitucional, vão impor mais austeridade aos trabalhadores e aos povos, enfraquecendo a democracia, retirando aos estados-membros de economias mais frágeis o princípio soberano na política orçamental, enquanto os paraísos fiscais continuam a florescer.
Os grupos económicos e financeiros prosseguem os seus ganhos com esta proposta de reforço da concentração e centralização do poder económico e político dominado pelas potências europeias, sob a batuta da Alemanha.
Por isso as lutas sociais vão continuar contra estas políticas injustas e inaceitáveis.