Os dados agora revelados pela DGO, referentes aos primeiros cinco meses do ano, revelam um agravamento do défice comparativamente a igual período do ano anterior.
Apesar do brutal aumento dos impostos directos (em particular o IRS, que incide sobre os rendimentos dos trabalhadores e reformados) e do valor excepcional dos dividendos entregues pelo Banco de Portugal em Maio referentes ao exercício de 2012 (359 milhões de euros, quando no ano anterior tinham sido de apenas 18,7 milhões), o défice agravou-se nos primeiros cinco meses do ano em cerca de 230 milhões de euros.
A subida na receita fiscal e não fiscal não foi suficiente para compensar o efeito negativo da profunda recessão em que o nosso país está mergulhado e do seu impacto sobre o aumento da despesa pública, quer através do aumento dos juros da dívida pública, quer através do aumento dos subsídios e das transferências correntes que foi obrigado a efectuar.
Estes dados, que confirmam uma trajectória da economia nacional marcada pela política recessiva que o governo e o Pacto de Agressão vêm impondo ao país, tornam mais urgente a sua rejeição, a demissão do governo e a convocação de eleições antecipadas, enquanto condições para romper com o actual rumo de desastre nacional e abrir caminho a uma política alternativa, patriótica e de esquerda.