Os avanços tecnológicos, a digitalização de vários sectores de actividade e, mais recentemente, o recurso a modalidades como o teletrabalho, ao invés de aliviarem a carga laboral com novas reduções da jornada de trabalho, contribuem para aumentar o ritmo e a exploração dos trabalhadores.
O direito a desligar, partindo de justas preocupações e de ataques sentidos pelos trabalhadores todos os dias nos seus locais de trabalho, enquadra-se num engenhoso processo, tanto ou quanto perverso onde, em vez de se exigir o cumprimento estrito do horário, combatendo abusos, se parte da ideia duma disponibilidade ilimitada que será necessário balizar.
Sejamos claros, as exigências que se impõem são simples e estão consagradas:
. Cumpra-se o tempo de trabalho - sem mais, nem menos
. Combata-se os abusos
. Garanta-se as condições materiais, humanas e financeiras para que as inspecções de trabalho cumpram a sua função
. Promova-se a conciliação entre a vida profissional, pessoal e familiar
.Reduza-se a jornada laboral para as 35h semanais
E, assim, de forma clara, sem subterfúgios, combatemos o aumento da exploração e garantimos mais saúde mental e melhores condições de trabalho e de vida!