Esta casa é prolixa na elaboração de relatórios, resoluções, discursos, juras de empenho no combate às alterações climáticas e na defesa do planeta.
O problema vem depois:
- Vem com o mercado do carbono, que sacrifica a redução das emissões de gases de efeito de estufa ao negócio feito com as licenças para poluir;
- Vem com as políticas que promovem a insustentabilidade dos modelos de produção e consumo;
- Vem com a desregulação do comércio internacional, que favorece modelos de produção intensiva de cariz exportador;
- Vem com as políticas agrícolas que favorecem o grande agronegócio e as suas práticas agressivas, ao mesmo tempo que arrasam a pequena produção, promovendo o abandono rural - a alienação da relação do homem com a Natureza, de que falava Marx, - concentrando a população em enormes aglomerados urbanos.
- O problema vem com um orçamento da UE que arranja dinheiro para a indústria de armamento, mas que corta na coesão económica, social e territorial e que falha no financiamento da conservação da natureza.
Em lugar de aqui repetiram estafadas e inconsequentes proclamações, seria bom que começássemos a olhar muito a sério para todas e cada uma destas contradições.