O regulamento cria o Programa “Direitos, Igualdade e Cidadania” para os próximos sete anos, com um conjunto de objectivos, como o do respeito pela não discriminação, pela prevenção e combate ao racismo e xenofobia, o combate à violência contra crianças, jovens e mulheres, assim como a promoção e defesa dos direitos das pessoas com deficiência, e da promoção da igualdade entre mulheres e homens. No entanto, e em boa verdade, estes objectivos são todos os dias desrespeitados e postos em causa pelas políticas de direita que a mesma UE promove, baseadas na lógica neo-liberal de mercado e da concentração capitalista que fomentam a sua prática contrária. Não deixa de ser uma triste contradição.
Defendemos num parecer que elaborámos, aprovado pela Comissão dos Direitos da Mulher e da Igualdade de Géneros, que a Comissão e o Conselho teriam que considerar a questão da igualdade de género como objectivo específico no Programa "Direitos e Cidadania", assim como manter o programa Daphne como sub-rubrica independente deste programa. O reconhecimento geral dos resultados do programa Daphne é a prova que este deve continuar a contribuir para os objectivos a que se propõe com um financiamento adequado e uma percentagem afectada bem definida, que não se misture com outros objectivos, nomeadamente relativos ao mercado interno.