O objectivo, enunciado pela União Europeia, de travar a perda de biodiversidade até 2020 fracassou.
O ritmo de extinção de espécies não abrandou, pelo contrário, acentua-se. O número de espécies animais e vegetais em risco de extinção é colossal. As repercussões sobre os ecossistemas e sobre as comunidades humanas serão graves.
Neste quadro, não chega recauchutar estratégias falhadas, nem proclamar objectivos ambiciosos mas destituídos de meios realistas e bastantes para a sua consecução.
O que se prevê ao nível do próximo Quadro Financeiro Plurianual está longe de ser animador, também a este nível.
A solução não passa por formas de apropriação privada e de mercantilização da Natureza e dos seus recursos, que apenas acentuam o problema.
A destruição e fragmentação de habitats, as alterações climáticas, a introdução de espécies exóticas invasoras estão entre as causas da perda de biodiversidade, inseparáveis do modelo económico dominante e das políticas que o sustentam. Atacar de forma consequente estas causas, em última instância, exige pôr em causa este modelo e estas políticas.