Intervenção de João Ferreira no Parlamento Europeu

Cooperação reforçada na área do imposto sobre as transações financeiras

Há muito tempo que defendemos um imposto sobre as transacções as financeiras.

Um imposto que, em conjunto com outras medidas, ajude a combater a especulação financeira e permita redireccionar recursos do capital financeiro especulativo para o combate à pobreza, o desenvolvimento e o progresso social.

Em teoria, com uma proposta para a criação de tal imposto estaríamos perante um avanço. Na prática, com esta proposta, tudo se pode resumir a muito pouco ou quase nada.

Senão veja-se:

- O âmbito restrito desta cooperação reforçada, em termos do número de países envolvidos;
- A brandura perante os produtos financeiros mais especulativos;
- As excepções para outros produtos (o “maná” dos fundos de pensões);
- As taxas mínimas agora transformadas em taxas máximas;
- A ausência de articulação desta com outras medidas imprescindíveis, como o fim dos paraísos fiscais – por onde continuará a grande e ilegal circulação de capitais.

O que parece é que se quer responder a opiniões públicas justamente muito críticas do sistema financeiro, mantendo no essencial intacto esse mesmo sistema.

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