Há muito tempo que defendemos um imposto sobre as transacções as financeiras.
Um imposto que, em conjunto com outras medidas, ajude a combater a especulação financeira e permita redireccionar recursos do capital financeiro especulativo para o combate à pobreza, o desenvolvimento e o progresso social.
Em teoria, com uma proposta para a criação de tal imposto estaríamos perante um avanço. Na prática, com esta proposta, tudo se pode resumir a muito pouco ou quase nada.
Senão veja-se:
- O âmbito restrito desta cooperação reforçada, em termos do número de países envolvidos;
- A brandura perante os produtos financeiros mais especulativos;
- As excepções para outros produtos (o “maná” dos fundos de pensões);
- As taxas mínimas agora transformadas em taxas máximas;
- A ausência de articulação desta com outras medidas imprescindíveis, como o fim dos paraísos fiscais – por onde continuará a grande e ilegal circulação de capitais.
O que parece é que se quer responder a opiniões públicas justamente muito críticas do sistema financeiro, mantendo no essencial intacto esse mesmo sistema.