Intervenção de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Contratos atípicos, percursos profissionais seguros, flexigurança e novas formas de diálogo social

A insistência na flexibilidade e na dita flexigurança levou à proliferação do trabalho precário e atípico. Em vez de ser a excepção, transformou-se na generalidade da contratação de mulheres e jovens, desde que se começou a insistir na flexibilidade laboral e na flexigurança.

Esta situação, aliada ao crescimento do desemprego, é uma das faces mais visíveis da crise do capitalismo que estamos a viver e tem particular responsabilidade no crescimento dos trabalhadores em situação de pobreza, por terem salários tão baixos que não chegam para lhes garantir viver com dignidade. No final de 2008, já eram 19 milhões. Hoje, com o crescimento do desemprego, serão, certamente, muitos mais milhões.

Assim, impõe-se uma ruptura com as políticas neoliberais que fragilizaram direitos laborais, incluindo a flexigurança, que sempre esquece a segurança.

É tempo de respeitar a dignidade de quem trabalha e produz a riqueza.

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