Na Colômbia, continuam as execuções sem julgamento (muitos deles assassinatos políticos, nomeadamente de sindicalistas, jornalistas e professores), sequestros, violência contra mulheres e homens. As forças paramilitares, incentivadas e toleradas pelo Governo, são os maiores responsáveis por estas atrocidades.
Por outro lado, são descobertos macabros esquemas por parte do exército, que raptou centenas de jovens desempregados e delinquentes comuns, assassinando-os e vestindo-lhes fardamento de guerrilha, com o intuito de os apresentar como "prova" de vitória no conflito armado. Ou casos como o do preso político Diomedes Carvajalino, que foi capturado pelo exército e barbaramente torturado, esfaqueando-lhe os dedos um a um, arrancando-lhe as unhas uma a uma, arrancando-lhe um olho com uma faca e ainda ferindo-o gravemente, encarcerando-o desde 2002 sem o apoio médico necessário, com a conivência do Governo colombiano, ao arrepio da própria Constituição do país e desrespeitando completamente o direito internacional.
Assim, perguntamos à Comissão:
1. Que informações dispõe sobre estes actos?
2. Para quando uma firme condenação por parte da UE às torturas, assassinatos e outros desrespeitos dos direitos humanos na Colômbia, pondo fim à hipocrisia que tem sido a sua posição face a esta situação?
3. Que implicações daqui retira quanto ao futuro do Acordo de Associação UE-Colômbia?