Declaração de Paulo Raimundo, Secretário-Geral do PCP

Contacto com trabalhadores do mármore

Contacto com trabalhadores do mármore

Estamos aqui hoje, nesta zona pedra, nesta zona de mármore, uma indústria de grande importância do ponto de vista, quer da economia local mas também do ponto de vista da economia nacional, com a importância que tem, do ponto de vista da exportação, uma indústria de futuro com capacidade de aumentar a sua produção, de corresponder ainda mais desse ponto de vista. 

Quando isso tem importância local, mas também nacional.

Uma indústria que precisa de investimento.

Desde logo, dos meios que possibilitem aproveitar todo este triângulo pela Vila Viçosa, Estremoz, Borba. Fundamental, de resto, desta indústria precisa também de olhar para ela como é que se encontram as soluções que aumentem também a capacidade produtiva e, em particular, o escoamento do produto.

Em particular, que diz respeito a acessibilidades e, em particular, um investimento de grande necessidade que se coloca neste momento aqui, que é toda transporte mercadorias, nomeadamente por via férrea.

É um elemento fundamental também para estas empresas.

Temos oportunidade de ver com os nossos olhos também um investimento importante do ponto de vista de maquinaria de evolução tecnológica, que acaba por ser de grande importância.

Mas há aqui um elemento estruturante também para o sucesso deste sector e para o sucesso do país.

Deste sector que estamos a falar que é a valorização dos trabalhadores que nela trabalham e daqueles que trabalharam uma vida inteira neste próprio sector.

Há uma emergência nacional que se foca todo o plano nacional em todos os sectores, mas também aqui neste sector em particular, que é o aumento geral dos salários, que é uma necessidade geral.

O aumento geral dos salários que tem a importância que tem. 

Do ponto de vista para quem os recebe, mas também do ponto vista económico mais nacional, eu diria que hoje coloca-se como uma questão central também para conseguir fixar trabalhadores neste sector e noutros, mas neste em particular.

Mas também uma palavra para aqueles trabalhadores que trabalharam uma vida inteira neste sector, ganharam com a sua luta o direito à reforma e justa reforma antecipada e que, como vimos aqui nesta conversa que tivemos, há aqui um problema discriminação de acesso a este direito que é preciso resolver e é preciso resolver, desde logo com a nossa  intervenção que procuraremos fazê-lo, mas acima de tudo,  com a luta destes trabalhadores.

Portanto, saímos daqui com a consciência de que é possível apostar ainda mais na produção nacional.

É possível criar ainda mais condições para aumentar a capacidade produtiva com uma com matéria prima  de alta qualidade, que é aquela que nós temos. Aliás, só isso é que explica a dimensão da  exportação para grandes mercados internacionais.

Mas a questão central que se coloca sempre também hoje aqui, é como é que este desenvolvimento que é necessário é acompanhado pela valorização dos trabalhadores, pela valorização de quem trabalha e pela valorização de quem trabalhou uma vida inteira ou está prestes a terminar, que é aquilo a que estes trabalhadores têm direito, que é o acesso à reforma antecipada conquistada com a sua luta.

E uma justa luta e portanto, saímos daqui com com um misto de muito trabalho para fazer, mas também uma grande confiança de que há capacidades também aqui nesta zona, de aumentar a nossa produção, que é isso que o país precisa.

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