São inaceitáveis os atropelos quase quotidianos ao princípio do multilinguismo, por parte das instituições europeias.
Os exemplos são inúmeros, a começar nas condições em que decorre o próprio trabalho parlamentar, e incluindo a informação e as oportunidades de participação concedidas aos cidadãos dos diferentes Estados-Membros, em diversos processos.
A situação tem piorado consideravelmente com os cortes orçamentais nas áreas da tradução, e é com inquietação que acolhemos quer as palavras que aqui nos trouxe hoje o Sr. Comissário, quer as propostas em discussão para futuros e ainda mais drásticos cortes.
Isto é tanto mais grave quanto ao mesmo tempo que se restringe o direito de participação dos cidadãos, (também mas não só) atentando contra o multilinguismo, se cavalga sobre as soberanias dos Estados-Membros, esvaziando de poder as estruturas representativas mais próximas dos cidadãos, e alargando as áreas de competência e de intervenção da UE.
Indiscutivelmente, é a própria democracia que está em causa.