Consequências económicas e sociais do alargamento da UE<br />Resposta à <A href="pe-perg-20021220-1.htm">Pergunta

O impacto macro-económico do alargamento da União Europeia nos quinze Estados-Membros (UE-15) deverá ser relativamente insignificante. No âmbito da avaliação de um estudo efectuado pela Comissão (1) concluiu-se que nos primeiros dez anos após o próximo alargamento se verificará um excedente acumulado de crescimento de 0,7% para os quinze Estados-Membros. O impacto económico será mais acentuado nas regiões que fazem fronteira com os países candidatos, principalmente na Alemanha e na Áustria, enquanto as regiões mais afastadas serão menos afectadas pelo alargamento. A parte de Portugal na totalidade das exportações dos países candidatos para a União foi de apenas 0,7% em 2002 e na totalidade das importações dos países candidatos da União Europeia de apenas 0,3%. A realização de uma comparação entre o investimento directo estrangeiro nos países candidatos e as dotações para os Estados-Membros é muito mais complexa. Os acordos europeus promoveram uma abertura considerável do mercado já antes da adesão. Segundo o relatório sobre o investimento mundial de 2002 da Organização das Nações Unidas, o investimento interno bruto nos países candidatos aumentou constantemente desde 1996. O relatório menciona igualmente que a República Checa recebeu 5,3 mil milhões de euros a título de investimento directo estrangeiro (FDI) em 2000 e 5,5 mil milhões de euros em 2001, enquanto a Hungria recebeu 1,6 mil milhões de euros em 2000 e 2,6 mil milhões de euros em 2001. Todavia, Portugal recebeu 6,9 mil milhões de euros em 2000 e 6,7 mil milhões em 2001, um aumento notável em comparação com o período compreendido entre 1996 e 1999. Por conseguinte, a Comissão considera que o alargamento é uma situação proveitosa para todas as partes. Inicialmente, as disparidades económicas e sociais no âmbito da UE-25 aumentarão após o alargamento. Trata-se porém de um efeito estatístico devido ao nível mais baixo do Produto Interno Bruto (PIB) dos países aderentes. Com base nas decisões do Conselho Europeu de Copenhaga (12 e 13 de Dezembro de 2002), a assistência per capita através dos fundos estruturais nos novos Estados-Membros atingirá 118 euros em 2006, mantendo-se uma média de 217 euros no período compreendido entre 2000 e 2006 nas regiões de objectivo 1 dos quinze Estados-Membros.(1) - The economic impact of enlargement. Enlargement papers nº 4 June 2001 (O impacto económico do alargamento – Documentos sobre o alargamento – nº4, Junho de 2001).

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