Declaração de voto de João Ferreira no Parlamento Europeu

Conselho Europeu de 30 de Janeiro de 2012

É significativo que a maioria do parlamento se mostre preocupada não com o conteúdo do pacto fiscal e a perpetuação da agressão contra os trabalhadores e os povos e a soberania nacional que ele representa, mas apenas com o método e, em especial, com a sua participação no processo. Feitas as necessárias alterações de cosmética, que garantem ao Parlamento Europeu o habitual papel de peça decorativa em todo o processo, aí estão prontos a aceitar o inaceitável.

Para quem tivesse dúvidas sobre qual o seu papel, dos grupos políticos que assinam esta resolução - direita, liberais, verdes e social-democracia - aqui fica mais um exemplo real de que se mantém inalterada a sintonia quase perfeita (porque com contradições) em relação ao rumo da UE. Nem todas as encenações, manipulações ou manobras de propaganda apagam o seu papel num processo que, se não for travado, só pode conduzir os povos e a própria UE ao abismo. É no entanto com confiança inabalável na luta e no seu crescendo em muitos países da UE que enfrentamos o futuro, certos que mais cedo que tarde esta política e este rumo serão derrotados.

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