Jerónimo de Sousa em Montemor-o-Novo e Redondo

Confirmar no dia 24 a derrota da direita

Confirmar no dia 24 a derrota da direita

Jerónimo de Sousa participou numa sessão pública em Montemor-o-Novo e num jantar no Redondo, os quais, apesar do mau tempo, contaram com uma participação superior a 100 e 150 pessoas, respectivamente.

Em ambas as iniciativas, o Secretário-geral do Partido destacou a importância para o País das eleições presidenciais de 24 de Janeiro e o significado da candidatura apoiada pelo PCP. Para Jerónimo de Sousa, Edgar Silva não só assegura a mobilização do eleitorado comunista como garante o esclarecimento dos objectivos centrais da sua candidatura, nomeadamente a afirmação dos valores de Abril, a valorização dos direitos e dos rendimentos dos trabalhadores e das populações e a salvaguarda da soberania nacional.

O dirigente comunista lembrou que, nesta batalha eleitoral, o Partido intervém de «modo próprio», norteado pelo propósito de contribuir para assegurar a presença na Presidência da República de alguém «comprometido com a defesa e cumprimento da Constituição». Referindo-se a Edgar Silva, Jerónimo de Sousa lembrou que «no seu percurso de intervenção social e política sempre esteve ligado a grandes causas, particularmente as relacionadas com o combate às injustiças, à pobreza e à exclusão social». O Secretário-Geral do PCP sublinhou ainda que a candidatura de Edgar Silva, que vai até ao voto, dará uma contribuição decisiva «não só para afirmar estes princípios como também para derrotar o candidato da direita».

Relativamente à candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa, Jerónimo de Sousa considerou que a ideia – propalada até à exaustão – de que «não há um candidato da direita» é o «grande equívoco» desta campanha eleitoral. Assim, e por mais que Marcelo Rebelo de Sousa consiga «estar de acordo com uma coisa, com outra coisa e com o seu contrário», a verdade é que ele é o candidato de Cavaco, Passos e Portas, e que «quer ser Presidente da República para continuar a política de direita, a política do PSD/CDS que desrespeitou a Constituição da República Portuguesa».

O Secretário-Geral do PCP apelou, em Montemor-o-Novo e no Redondo, à mobilização «dos nossos eleitores, dos democratas e patriotas» para o voto em Edgar Silva e, dessa forma, confirmar no próximo dia 24 o resultado alcançado nas eleições legislativas, impondo mais uma derrota à direita. A militância e a intervenção dos comunistas, realçou, é uma questão decisiva para alcançar este objectivo.

Focando-se, também, na avaliação do quadro político saído das eleições legislativas de 4 de Outubro, Jerónimo de Sousa lembrou a derrota imposta ao PSD e ao CDS, com o fim da maioria absoluta que até então detinham e o seu consequente afastamento do governo do País. Esta situação, com todas as possibilidades que abre, só foi possível «em resultado de quatro anos de luta intensa dos trabalhadores e do povo contra a política de direita do PSD/CDS, contra a ofensiva ideológica das inevitabilidades, de que não valia a pena lutar». O PCP e os trabalhadores, contudo, «sempre estiveram na primeira linha da luta».

O PCP, lembrou ainda Jerónimo de Sousa, esforçou-se para encontrar pontos de convergência com o PS, o que foi possível de concretizar relativamente a matérias relacionadas com salários, reformas, pensões, a defesa do Serviço Nacional de Saúde, os direitos dos trabalhadores, etc. Mas o principal compromisso do PCP, acrescentou, é «com os trabalhadores e o povo e não com qualquer governo» – isso ficou claro desde o início nas reuniões com o PS, garantiu.

O Secretário-Geral do Partido reconheceu que este não é um «processo fácil», realçando que o PCP se encontra numa «atitude séria de honrar os compromissos». Mas, reafirmou, o Partido Comunista Português não abdica da sua política alternativa patriótica e de esquerda.

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