Camaradas e amigos,
A minha intervenção hoje, centra-se no trabalho da concelhia de Espinho.
A concelhia de Espinho não era tão diferente de tantas outras, ou seja, tinha um grande número de militantes que pouco participavam na atividade do partido; a cobrança da quota estava centrada num número muito reduzido de quadros, onde muitas vezes não era cobrada e a sua atualização já não se verificava há muito tempo.
A concelhia constatou que não tínhamos um ficheiro de militantes capaz de responder às nossas necessidades. Discutimos coletivamente o problema e organizámos o ficheiro, que veio a confirmar-se como um instrumento fundamental para o nosso trabalho do dia a dia em diversos aspetos.
Assim, iniciou-se o contacto com todos os militantes com vista à organização e atualização do ficheiro do Partido. Nesses contactos foram discutidas: a situação de cada militante, as quotas em dívida, plano de pagamento, o valor e a atualização das quotas, tentando aproximá-las do valor indicativo de 1% do rendimento mensal, tal como orientação do Partido, bem como o seu pagamento mensal através de transferência bancária.
Hoje, sabemos quantos somos, contactamos mais rapidamente com os militantes, controlamos a situação do pagamento das quotas, quem recebe e paga a imprensa partidária, melhoramos significativamente a informação e a ligação aos militantes.
Outra das medidas a valorizar foi a mobilização de camaradas e amigos para as mesas de votos nos atos eleitorais, revertendo o valor das senhas de presença na totalidade para a Concelhia, cumprindo assim a orientação do partido e valorizando significativamente o acompanhamento e fiscalização do acto eleitoral.
Fruto das várias medidas tomadas, podemos ainda referir como marco importante o momento da formação das listas para as últimas eleições autárquicas, a Concelhia fez os contactos, reuniu com uma série de pessoas que, apesar de pertencerem ou serem próximas do Partido, não tinham participação ativa.
A verdade é que foi esta série de fatores que levaram a que mais pessoas se aproximassem do Partido e que alguns independentes fizessem parte das listas. Esta aproximação e renovação não passou despercebida a ninguém tendo sido o momento que também deu início a uma revitalização do Centro de Trabalho e até à inscrição de novos militantes.
O Centro de Trabalho, tornou-se um lugar mais agradável tem sido um local de convívio entre camaradas e amigos depois de iniciativas.
Conseguimos nos últimos anos avanços extraordinários em diversos aspectos, mas precisamos de ir mais longe, particularmente, em três áreas essenciais:
A primeira, é melhorar substancialmente a organização nas freguesias;
A segunda é na organização nas empresas e locais de trabalho. O nosso problema fundamental, não é ir lá às empresas, é estar lá em permanência, com militantes e com a criação de células. Contudo isso não se resolve por decreto nem de um dia para o outro, porque precisamos de ter ou de conseguir recrutar militantes que compreendam, e sintam, a necessidade da organização do Partido no seu local de trabalho.
A terceira, é no trabalho autárquico. Os nossos eleitos na Assembleia Municipal têm uma intervenção altamente qualificada. Temos um organismo autárquico de apoio à tomada de decisões políticas sobre diversos assuntos. O que nos falta, é dar a conhecer à população, com alguma regularidade, as nossas propostas e posições nas Assembleias Municipais.
Conscientes de que muito fizemos, mas que muito mais podemos e precisamos fazer,
Viva a nossa Conferência!
Viva o PCP!