Intervenção de Alexandre Leite, Membro da Organização Regional de Braga, Conferência Nacional do PCP «Tomar a iniciativa. Reforçar o Partido. Responder às novas exigências»

Recrutamento, uma tarefa fundamental

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Todos nós aqui presentes nos lembramos do dia em que demos um passo em frente e preenchemos uma ficha de adesão ao Partido Comunista Português. Todos nós temos percursos de vida diferentes mas todos tivemos uma época, antes de preencher essa ficha, em que observávamos o Partido da parte de fora, descobríamos a sua história, observávamos as suas tomadas de posição, comparávamos com as acção dos outros partidos e, a dada altura, concluímos que este era o Partido que melhor permitiria cumprir o nosso desejo de mudança, que melhor procurava organizar os trabalhadores e o povo para, de forma consequente, lutar por um concelho onde fizesse sentido viver, por um país mais justo, por um mundo melhor.

O que é que nos fez dar esse passo? O projecto de resolução desta Conferência Nacional diz que “o recrutamento é inseparável da capacidade de atracção do ideal comunista e do papel, da história e da intervenção do PCP na actualidade”.

Penso que concordarão que quando conversamos com os trabalhadores à porta de uma fábrica, quando procuramos esclarecer as nossas tomadas de posições, quando ganhamos a sua confiança, estamos a criar condições para que alguns deles dêem esse tal passo e passem a ser militantes.

Penso que concordarão que a forma democrática e transparente com que debatemos as análises, as interpretações e as soluções que propomos para a resolução dos problemas do nosso país (como fizemos ao longo de todo o processo desta Conferência Nacional), permite que os trabalhadores atravessem com o seu olhar as nossas paredes de vidro. Dizer de forma clara o que queremos e ao que vimos, cria condições para aumentarmos o recrutamento de novos militantes.

Penso que concordarão que quando fazemos uma pequena intervenção numa Assembleia de Freguesia que aponta uma solução justa para um problema da população local ou quando realizamos o maior evento político-cultural do país, em ambas as situações alguém como nós estará a um passo de dar mais vida ao Partido.

Num momento em que é grande a maré de deturpações sobre as posições do Partido, em que nos acusam de termos dito o que na realidade não dissemos ou vice-versa, é de assinalar o movimento contra a corrente de quem acredita que o sistema político e económico em que vivemos não dá resposta aos problemas enfrentados pelos trabalhadores e pelo povo e, como nós, se torna militante. Há dois anos, no último Congresso, decidimos de forma audaz, realizar uma campanha de recrutamento com o lema “o futuro tem Partido” e a verdade é que o futuro, como habitualmente, nos veio dar razão: é possível reforçar o Partido com mais militantes! O reforço do Partido também passa pela integração dos novos camaradas no nosso colectivo partidário, fazer crescer a sua formação ideológica e responsabilizá-los por tarefas regulares. Trago aqui o exemplo do que temos vindo a fazer na Organização Regional de Braga em que desde o último Congresso conseguimos que cerca de uma centena de democratas e patriotas dessem o tal passo e se tornassem militantes. Vários deles estão já aqui hoje como delegados à Conferência Nacional, alguns passaram a integrar as suas Comissões Concelhias como é o caso da de Guimarães, de Esposende, de Braga, de Fafe, de Vizela, de Barcelos e de Famalicão. Inclusivamente na Direcção Regional temos militantes recém chegados ao Partido.

Na Assembleia da Organização Regional de Braga, realizada no passado mês de Abril, definimos o objectivo de atingir 200 novos militantes. Para continuar o nosso projecto de Abril necessitamos de nos empenhar ainda mais nestes processos de recrutamento e integração de novos militantes: vamos a isso camaradas!

Viva o Partido Comunista Português!

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