Intervenção de Leandro Pinto, Membro da Organização Regional de Vila Real, Conferência Nacional do PCP «Tomar a iniciativa. Reforçar o Partido. Responder às novas exigências»

A acção do Partido no distrito de Vila Real

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Camaradas,

O colectivo partidário do distrito de Vila Real expressa a sua satisfação com a realização desta Conferência Nacional, saúda os presentes e, como contributo para o êxito das linhas de trabalho apontadas na Resolução Política, traz a esta tribuna algumas experiências de trabalho político envolvendo democratas e patriotas da região, com a espectativa que tal relato possa ser útil.

Esta linha de trabalho tem tido atenção ao longo dos anos. É, aliás, uma preocupação de longa data, que tem altos e baixos na sua actividade. Conhecemos períodos piores, onde era mais difícil o contacto com democratas e patriotas (como sucedeu durante o confinamento causado pela COVID) e períodos melhores, que acompanhavam momentos mais propícios (como sucedeu aquando do centenário do nascimento de Álvaro Cunhal ou acontece agora a propósito do centenário de José Saramago).

Na nossa experiência, o fundamental é ter pelo menos um quadro responsabilizado por esta frente. A partir daí é mais fácil garantir que os restantes membros do Partido valorizem devidamente a importância deste trabalho, e reconheçam a forma como ele reforça a influência do Partido e o respeito e consideração mútuo entre comunistas e outros democratas e patriotas.

É também importante adquirir experiência neste tipo de iniciativa. Para isso é fundamental que em primeiro lugar, se tenha a audácia de realizar acções pensadas para “fora”, para abrir a participação a outros.

A partir daí, há que retirar as devidas lições sobre a importância de escolher bem o tema, os intervenientes (aproveitando o manancial de camaradas com qualificações para falar sobre praticamente qualquer assunto que existe no Partido), de cuidar dos momentos culturais e lúdicos que devem acompanhar estas iniciativas e, sobretudo, sobre a importância da divulgação (nos jornais locais, com convites e cartazes, sem esquecer redes sociais e o jornal Avante!).

Haverá também cuidados a ter para evitar erros comuns, associados ao trabalho dirigido para democratas e outros patriotas. Ideias do tipo --“esta iniciativa não é para mim é para intelectuais”-- ou, pior ainda, a ideia que não é preciso envolver as organizações do Partido nestas iniciativas… Estas ideias devem ser contrariadas.

Há também que evitar a excessiva individualização ou mesmo “fulanização” da tarefa, algo que pode suceder normalmente, até porque este tipo de trabalho não é possível sem uma ligação pessoal, de envolvimento caso a caso, dos democratas em questão.

Afinal de contas, a ligação destes homens e mulheres é muitas vezes feita ao camarada do Partido com quem costumam falar e não tanto à organização. Mais do que saber onde fica o Centro de Trabalho mais próximo, os democratas precisam de saber com quem podem falar.

Aí também reside um potencial problema, para que esta linha de trabalho tenha êxito é preciso que os camaradas tenham uma ligação efectiva à comunidade onde estão inseridos.

Lamentavelmente, os problemas do movimento popular e associativo, do sector da cultura, até mesmo o crescente individualismo, solidão e isolamento das pessoas, leva a que muitos camaradas não frequentem sequer o café da sua rua ou freguesia.

Também nisto a organização do Partido tem uma tarefa importante a desempenhar! Dando tarefas, ânimo e motivação ao colectivo partidário, estamos a reforçar o Partido, a responder às novas exigência e a ajudar os camaradas a tomar a iniciativa!

Viva a conferência nacional!
Viva o PCP!

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