Intervenção de João Ferreira no Parlamento Europeu

Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas de 2016, em Marraquexe, Marrocos (COP 22)

Não embandeiramos em arco no coro de festiva propaganda em torno do Acordo de Paris.

São várias as fragilidades deste acordo e a necessidade indiscutível de um instrumento global e vinculativo de redução da emissão de gases de efeito de estufa não faz com que valha tudo.

E não nos referimos apenas à ausência de objectivos concretos e compromissos de redução que consubstanciem os objectivos anunciados de contenção da elevação da temperatura. Questão relevante já aqui referida.

Para além das metas, temos de cuidar dos meios para alcançar essas metas.

Deploramos, por isso, a insistência em mecanismos de mercado que já demonstraram a sua ineficácia e perversidade. Seja o mercado do carbono, o comércio de licenças para poluir (que estão ao preço da chuva, como bem sabemos). Sejam os instrumentos de flexibilidade que vêm de Quioto, igualmente perversos e injustos.

Continua a haver aqui mais intenção de negócio do que preocupação genuína com estado da nossa “casa comum”.

Mas há evidentemente alternativa a este caminho. Por elas nos temos batido e continuaremos a bater.

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