Esta resolução insiste nas posições neoliberais do Parlamento Europeu relativamente á ronda de Doha, lançada em 2001, embora com uma ou outra referência às questões sociais e aos objectivos do desenvolvimento do milénio.
Mas a linha central é a aposta na liberalização completa do mercado mundial, tendo recusado reconhecer que é tempo de alterar as prioridades no comércio internacional e de recusar o livre comércio pelo contributo negativo que deu para a crise financeira, económica, alimentar e social que se vive, com aumento do desemprego e da pobreza, servindo apenas os interesses dos países mais ricos e dos grupos económicos e financeiros.
Ao recusarem as nossas propostas de alteração disseram não a uma profunda alteração das negociações para dar prioridade ao desenvolvimento e progresso social, à criação de emprego com direitos, ao combate à fome e à miséria. É lamentável que não tenham considerado prioritário acabar com os paraísos fiscais, apostar na soberania e segurança alimentares, apoiar serviços públicos de qualidade e respeitar o direito dos governos de preservar a sua economia e os serviços públicos, designadamente nas áreas da saúde, educação, água, cultura, comunicação e energia.