A privatização parcial da TAP, a companhia aérea portuguesa de bandeira, resultou da opção do governo que executou o programa UE-FMI e era uma das medidas inscritas nesse programa. A UE pressionou, por diversas formas, para se concretizar essa privatização.
Desde então, para minimizar custos, uma parte da operação da TAP foi sub-contratada a uma empresa privada (a “White”), cujos trabalhadores ganham bastante menos e têm menos direitos do que os trabalhadores da TAP.
Recentemente, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) encontrou falhas "relevantes" e "sistémicas" na gestão de segurança da frota de aviões ATR72 que voam ao serviço da TAP, mas são operados pela White. São apontadas situações de falta de pessoal, excesso de trabalho, fadiga, deficiências na formação dos pilotos, falhas no sistema de validação dos tripulantes, vulnerabilidades ao nível da organização da empresa e falta de procedimentos documentados ou inadequados à dimensão da operação feita em nome da TAP. São ainda referidas falhas na supervisão da empresa por parte do regulador e autoridade de certificação.
Solicito informação sobre a avaliação feita pela Agência Europeia para a Segurança na Aviação ao relatório do GPIAAF e às condições de operação dos aviões ATR72, ao serviço da TAP, operados pela White.