Celebrámos o Dia Internacional da Mulher, 114 anos após a sua proclamação.
Data assinalada inclusive pelos que contribuem, com as suas políticas para perpetuar as desigualdades.
Aí está a diretiva de igualdade salarial da União Europeia que cauciona, pasme-se, a desigualdade salarial.
Ou as políticas que promovem a precariedade, os baixos salários, a desregulação de horários, condições que afectam particularmente a Mulher, deixando-a mais vulnerável a discriminações e violências de ordem diversa.
Aí está a política de juros do BCE que cria particulares dificuldades às famílias monoparentais com menores no direito à habitação.
Aí estão as políticas da UE que condicionam o investimento de Estados-Membros em equipamentos como creches públicas e serviços públicos como a saúde, que limitam o acesso, entre outros, à saúde sexual e reprodutiva.
Não basta assinalar o dia, sem que correspondam medidas concretas para a igualdade!
E será na força inexcedível das Mulheres, tantas e tantas vezes destacadas protagonistas nas lutas por melhores direitos laborais e sociais, que se abrirá o caminho para concretizar a igualdade de direitos na lei e na vida.