Lamentavelmente, neste Conselho Europeu, mais uma vez o que teve alta prioridade foi a aprovação das condições que garantam a entrada em vigor do chamado Tratado de Lisboa até ao final do ano de 2009. Daí a aprovação das posições que possibilitaram a rápida ratificação pela República Checa. Para os líderes da União Europeia, o importante são as questões institucionais que permitam um avanço mais rápido na integração capitalista, federalista e militarista da União Europeia.
Por isso, ficaram para segundo plano as questões da crise económica, financeira e social. Aliás, o pouco que foi avançado resulta de grandes pressões de sectores importantes de diversos Estados-membros, de que é exemplo o caso da crise do leite.
Mesmo aí, o Conselho ficou-se por um mero reforço de 280 milhões de euros do orçamento de 2010.
Entretanto, são altamente preocupantes as propostas que a Comissão Europeia acaba de apresentar dando seguimento às orientações do Conselho, seja relativamente ao défice excessivo, seja ao anunciado aumento da idade para obter a reforma. Em vez de uma resposta aos graves problemas sociais, de pobreza e desemprego, o que anunciam são medidas que vão agravar a situação social e as gritantes desigualdades existentes.