Para seu desespero, o Conselho Europeu, de 22 e 23 de Março, ficou marcado por um ponto que não integrando a sua agenda, lhe foi imposto.
As recentes sondagens que indicam uma possível vitória do NÃO à dita "constituição europeia" no referendo que se realizará em França, a 29 de Maio, fizeram soar as campainhas.
Direita e social-democracia, irmanadas, mobilizam-se, incentivando toda a ingerência mais ou menos descarada na campanha que se realiza em França.
O Parlamento Europeu utiliza, inadmissivelmente, 8 milhões de Euros para propaganda a favor do sim.
Incrementa-se a romaria de chefes de estado e de governo e de todos aqueles que julgam poder influenciar a decisão do povo francês, procurando convence-lo das hipotéticas e inexistentes "vantagens" (?) da dita "constituição europeia".
O grande patronato e as direcções sindicais dominadas pela social-democracia ou pela direita - com a Confederação Europeia de Sindicatos à cabeça -, todos se esforçam na defesa deste projecto que fere a soberania dos povos e pugna pelo capitalismo neoliberal e o militarismo.
A Comissão Europeia e o Parlamento Europeu adiam a tomada de decisões procurando evitar dar ainda mais e justos argumentos ao NÃO.
Apesar de contradições, o NÃO em França será a melhor resposta!