Intervenção de Ilda Figueiredo no Parlamento Europeu

Conclusões do Conselho Europeu de 24/25 de Março 2011

É espantoso, mas revelador dos caminhos que esta União Europeia está a seguir, que os principais porta-vozes do Conselho e da Comissão tenham, aqui, ignorado a crise social grave que se vive em diversos países da União Europeia, designadamente na zona euro.

Onde estão as respostas para as cerca de 100 milhões de pessoas em situação de pobreza nesta União Europeia, dos quais seguramente mais de 20 milhões são trabalhadores de baixos salários e trabalho precário, o que contribui para os lucros dos grupos económicos e financeiros escandalosamente altos?

Onde estão as respostas para os cerca de 25 milhões de desempregados, dos quais a maioria é mulheres e jovens a quem é negado um presente digno e a possibilidade de construir um futuro que permita assegurar a própria evolução dos nossos países?

Mais uma vez, a única preocupação das decisões do Conselho foi a defesa dos interesses dos grupos económicos e financeiros, com maior centralização do poder político para facilitar maior concentração e acumulação do poder económico.

E tudo isto para, em nome da crise, pôr em causa direitos sociais e laborais, aumentar a exploração de quem trabalha e agravar dependências de países de economias mais frágeis, como Portugal.

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