O Governo, na esteira das linhas forças saídas da Cimeira de Nice da União Europeia, em vez de procurar aplicar as orientações da ONU que apelam aos Estados para abandonarem a ideia de “imigração zero” e estimularem a imigração legal vai originar com a nova lei de imigração, agora promulgada, um estimulo aos “esquemas” e à ilegalidade.
Esta lei não irá resolver nenhum dos graves e complexos problemas que se colocam em matéria de imigração e suscitará novos problemas, nomeadamente no que concerne ao reagrupamento familiar e à procura de formas menos claras de vir, estar e trabalhar em Portugal.
Para o PCP, não se tratam os problemas da imigração com políticas sustentadas na repressão, na desconfiança e na intolerância. Estas só criarão “caldos de cultura” fomentadoras de ódios e agravamento de problemas sociais.
Portugal - país com uma tão vasta Comunidade Emigrante - só tem a ganhar em afirmar a sua especificidade no seio da U.E., pugnando por uma política de respeito dos direitos dos imigrantes, e em se revelar um país de que sinaliza a tolerância e a solidariedade como eixos da sua política.